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Os indígenas e a ancestralidade da festa da padroeira em Parintins, Amazonas
Rosimay Corrêa
Novos Rumos Sociológicos
Na cidade de Parintins, no Baixo Amazonas, é realizada uma festa em honra à padroeira Nossa Senhora do Carmo. Essa devoção remonta ao século XIX, tendo sido introduzida por ummissionário da Ordem dos Carmelitas. A participação de devotos, romeiros e pagadores de promessas oriundos da região e de outros estados brasileiros transformam as homenagens à santa num grande evento esperado com alegria, fé e devoção. Este artigo visa discutir acerca da relação entre os indígenas e a ancestralidade da festa da padroeira em Parintins, noAmazonas, enfatizando ainda o processo de romanização conduzido pelos missionários do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras (PIME) e o simbolismo do sino na relação entre aMãe-Terra e a Mãe de Jesus. A pesquisa assumiu o aporte teórico-metodológico das Ciências Humanas e Sociais, em caráter dialógico e interdisciplinar, em especial entre Filosofia,Sociologia, Antropologia e História, tendo como suporte de campo minha tese de doutorado defendida em 2019....
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Brasil em cena: o indígena no contexto do descobrimento e o tetro de evangalização
Antonio Hohlfeldt
2017
Este artigo apresenta aspectos relevantes da Carta, de Pero Vaz de Caminha, a partir da contextualizacao do processo de ocupacao e da exploracao da nova terra em relacao aos primeiros contatos dos portugueses com os indigenas. Objetiva-se examinar a heranca portuguesa e as primeiras matrizes que marcaram o teatro de evangelizacao, com elementos e caracteristicas locais, evidenciando a presenca de um ator comico (gracioso) e dos seus primeiros contatos com os indigenas que habitavam no Brasil. Os teoricos que embasam o estudo sao Sousa (1960), Faria (2012), Areas (2003) e Prado (1993). Concluiu-se que o seculo XVII marcou o declinio do teatro jesuitico, pelo menos no que diz respeito a espetaculos com a finalidade catequista, porque a obra missionaria ja estava consolidada, uma vez que os jesuitas detinham o monopolio da educacao, agrupando os curumins e os filhos dos colonos para serem espiritualmente formados e culturalmente educados, de norte a sul do Brasil, em seus colegios.
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Parintins: palco de guerras tribais
Max Barauna
Resumo: A ilha de Parintins foi palco de guerras inter-étnicas, entre os séculos XVII e VXIII na Amazônia colonial, onde vários grupos étnicos habitavam e viviam. A problemática desse trabalho é procurar nas fontes o porquê que faziam guerra contra a etnia Mura. O objetivo geral desse trabalho é fazer uma pesquisa historiográfica sobre as guerras inter-étnicas (guerra intertribal) entre os povos indígenas que habitavam o período da Amazônia Colonial e o objetivo específico é analisar a guerra contra o grupo étnico Mura pelo grupo étnico Mundurucu. A metodologia empregada é a pesquisa historiográfica nas fontes primárias, que se encontram em arquivos, museus e bibliotecas públicas do Amazonas. O resultado dessa pesquisa é que, pela ferocidade e belicosidade dessas tribos, eles conseguiram sobreviver no tempo, não foram exterminadas como tantas dezenas de outros grupos étnicos que foram exterminados em contato com os europeus. Concluímos que é necessário fazer um resgate desses personagens, outorgar-lhes um protagonismo esquecido que eles merecem, resgatar suas lutas e suas glórias por esses brasileiros que não aceitaram a conquista da Amazônia. Abstract: The island of Parintins was the scene of inter-ethnic wars between the seventeenth and eighteenth centuries in the colonial Amazon where several ethnic groups inhabited and lived in it. The problem of this work is to look for the sources why they made war against the Mura ethnic group? The general objective of this work is to make a historiographic research on the inter-tribal wars between the indigenous peoples who inhabited the period of Colonial Amazonia and the specific objectives is to analyze the war against the Mura ethnic group by the Mundurucu ethnic group. The methodology used is the historiographic research in the primary sources found in archives, museums and public libraries of Amazonas. The result of this research is that because of the ferocity and bellicosity of these tribes they managed to survive in time, they were not exterminated like so many dozens of other ethnic groups that were exterminated in contact with the Europeans. We conclude that it is necessary to rescue these characters, to grant them a forgotten protagonism that they deserve, to rescue their struggles and their glories for those Brazilians who did not accept the conquest of the Amazon.
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Povos indígenas no Brasil em processos de libertação histórica
Ir. Dirce Gomes da Silva
Caminhos de Diálogo
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SOBRE O RITMO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO: EVIDÊNCIAS DE UM PADRÃO ACENTUAL
Gladis Massini-Cagliari
Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL, 2010
Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre a relação entre processos fonológicos lexicais e pós-lexicais e a classificação do ritmo do Português Brasileiro (PB) como silábico ou acentual. Por ser o ritmo um fenômeno que opera no nível pós-lexical – de acordo com a Teoria da Fonologia Lexical –, sugere-se, aqui, que para a classificação do ritmo das línguas, seja levada em consideração a distinção dos níveis em que ocorrem os processos fonológicos (lexical e/ou pós-lexical). A partir deste ponto de vista, considerando-se os processos fonológicos que operam no PB no nível pós-lexical, foram encontradas evidências que podem classificar esta língua como língua de ritmo acentual.
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Nação e civilização no Brasil: os índios Botocudos e o discurso de pacificação do Primeiro Reinado
Francieli Marinato
Dimensoes, 2008
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O Processo De Legitimação Dos Bois-Bumbás De Parintins: Das Ruas À Institucionalização
Edilza Laray De Jesus
Somanlu - Revista de Estudos Amazônicos, 2020
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OS ESTEREÓTIPOS SOBRE OS “ÍNDIOS” NO BRASIL OITOCENTISTA (1845-1867): discursos em disputa
Philipe Azevedo
Outros Tempos: Pesquisa em Foco - História
O presente artigo apresenta uma caracterização dos discursos referentes aos índios, em pauta no século XIX. Tais discursos trazem em seu cerne a figura do índio como uma das principais inquietações sobre a constituição da população brasileira. Foram abordadas as falas de alguns proeminentes intelectuais do século XIX, no intuito de situar o leitor em relação aos debates que eram travados durante o momento cronológico de 1845 a 1867, antes da popularização das ideias ligadas ao darwinismo social e à eugenia, na década de 1870. Entre os intelectuais trabalhados, foi abordada a monografia de Carl Philipp von Martius, premiada por definir as bases para a escrita da História do Brasil. Em seguida, o discurso de Francisco Adolfo de Varnhagen, caracterizado por uma crítica ao movimento indianista que tentava eleger o nativo brasileiro como representante da nacionalidade brasileira. Além desses, ainda João Francisco Lisboa, que apresentou um discurso flutuante, que, inicialmente, mostrou-se...
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Branquitude: Dilema racial brasileiro (Papéis Selvagens Edições, 2020) (Livro Completo)
Willian Luiz da Conceição
2020
"A branquitude (ou a brancura) não é o contrário de negritude. É oportuno lembrar que esses conceitos surgem e se enraízam nos discursos em diferentes momentos históricos, envolvendo fenômenos e propósitos diversos. Enquanto a negritude é um conceito tecido por um discurso êmico, para realçar sentidos de pertença e orgulho negro que o colonialismo destroçou, enquanto se elevou como voz regenerativa e em busca de afirmação identitária; a branquitude é um conceito elaborado a partir de um discurso ético, criado para desvelar certos processos e relações estruturais de dominação, para desmascarar a face oculta do colonialismo, como um operador sub-reptício de naturalização do branco e para transformá-lo em ideal e em universal." Do prefácio de Ilka Boaventura Leite.
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As representações das religiões afrobrasileiras nas toadas dos Bois-Bumbás de Parintins (1990-2019). In: Anais do 5º Encontro de Perspectivas: Poder e simbolismo em três décadas de cidadania e redemocratização brasileira. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2019. pp. 86-90.
Diego Omar da Silveira
2019
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as toadas dos bois-bumbás Caprichoso e Garantido entre os anos de 1990-2019, buscando evidenciar nelas as representações das religiões afro-brasileiras. Trata-se de uma forma de abordar a presença negra tanto na história da Amazônia quanto na de Parintins, bem como seus legados históricos e culturais e as formas pelas quais, contemporaneamente, essas raízes e as questões identitárias a elas relacionadas têm ganhado relevância.
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